13/01/2000

A noite mais cara

Acordei com um estrondo. Demorei pra me convencer de que não era um pesadelo. O suficiente para a Srta. Winnie chegar ao meu quarto com o intuito de me acordar. Meu descanso havia sido longo demais.
Enquanto subia correndo ao convés ainda com traje de sono e só um casaco por cima, a sentinela me reportou o que havia acontecido: apesar de não termos a mínima noção de onde estavam os ivorianos no momento, eles sabiam onde estávamos. E dispararam. A maioria dos tiros, felizmente, foi desviada pelos ventos imprevisiveis do éter. Porém, um havia atingido em cheio o leme. Braden estava no comando disparando com toda a velocidade e contando apenas com os motores laterais para as curvas.
A única hipótese é a de que os ivorianos se desenvolveram mais do que pensávamos. Talvez a nau esteja equipada com um dispositivo de alta tecnologia, chamado Sistema de Detecção e Medição de Distância à rádio, ou dmdr, que Odenheim desenvolveu há muito pouco tempo, e que só foi instalado nos navios mais importates ou mais novos. Esse apetrecho permite detectar a posição e estimar a distância de um alvo sem a nescessidade de contato visual.
Estou guiando a nave alto pra sair logo da linha de tiro da nau e já passamos pela nuvem aonde eu repousei por 7 horas. Agora podemos ver a nau, que está a menos de 4 milhas de nós. Estão disparando outra bateria agora, e em poucos segundos saberemos o quanto estão desgastados os canhões mais acurados de Ivoire.
Cpt. Klaas, 13º